sábado, 17 de junho de 2017

O Discordianio e o Fnord Filosofal

Eram 5:23 am, batidas na porta. Levantou e foi abrir a porta. Haviam dois policias federais usando aqueles óculos de carnaval e um pingente de plástico que pisca.
“Em que posso ajudar?” –  respondeu Timóteo Pinto
“Um suco de laranja, evidentemente” respondeu um dos policiais que vestia um cachecol vermelho bem felpudo.
Aquilo tudo parecia um  sonho. Pois ao fundo de Hellraiser versão Motörhead parecia tudo muito surreal.
Os dois policias entraram no apartamento, Timóteo Pinto serviu os dois com suco de laranja e então ficou esperando os dois falarem.
“Qual o som da palma de uma mão só?” indagou um dos policias.
Timóteo ficou pasmo… Perplexo.
“De onde você tirou isso?” –  disse Timóteo.
“Qual o som da palma de uma mão só?” – enfatizou o policial.
Timóteo sabia que era algum truque barato. Enquanto isso  o parceiro começou tentar fazer uma palma com uma mão só, todo desajeitado. Parecia uma foca alejada sem um braço.
“Eu sinceramente não estou entendo nada aqui” – Disse Timóteo.
“Fnord” –  disse o policial.
“Ok.. agora sim. Tenho certeza que estou sonhando. Que diabos vocês estão tentando fazer?” – respondeu Timóteo inconformado com tal cena.
Os policiais se levantaram vagarosamente e olhando seriamente de forma fixa nos olhos de Timóteo foram saindo de costas pela porta de onde entraram… antes de encerrar a porta ainda fitaram por um momento dramático.
“Mas que porra é essa?” –  pensou Timóteo.
Já eram 5:35 am, precisava sair.
No meio do caminho um ônibus quase o acertou em cheio. O ônibus número 023, por coincidência. Timóteo Pinto não percebeu. Foi adiante até chegar numa padaria da qual pediu uma coxinha com café. Quando foi morder a coxinha tinha um bilhetinho discreto dentro. Parecia aqueles salgadinhos chineses com uma mensagem dentro. O bilhete dizia:
“Nada é verdadeiro, tudo é permitido”
Timóteo estava diante de uma mensagem enigmática sem sentido.
“isso tudo é um sonho. Não pode ser.”
Quando chegou no trabalho, uma loja de TI, ligou o seu computador. Apareceu a maldita tela azul, mas dessa vez parecia diferente. Ele olhou mais de perto e viu que os números na tela projetava um desenho. Parecia ser um Ying-Yang.
“Que porra é essa?”
Ele gravou bem o desenho. Aquilo ficou na mente dele de forma inquieta. Eram 1998. Foi procurar o que poderia significar aquilo e descobriu que era um símbolo chamado Cao Sagrado.
Repentinamente ele foi sugado por um buraco negro e ficou diante de uma cadeira azul numa sala absolutamente branca. Era tão branca que a sala parecia ser infinita.
A cadeira se virou e de lá apareceu uma criatura linda, morena de pele clara com olhos azuis. Timóteo Pinto ficou absurdamente envolvido com tanta beleza.
“Oi Timóteo. Se tivesse outra cadeira aqui eu te diria pra ficar a vontade e sentar, mas como só tem essa qui, fique de pé” –  disse a criatura formosa.
Timóteo Pinto ficou de boca aberta.
“Eu me chamo Éris, você já deve ter ouvido falar de mim por ai. Principalmente pelos gregos, aqueles idiotas” –  disse Éris.
“O que isso tudo significa?” – perguntou Timóteo.
“Ora bolas… você não percebeu?”
“Não”
“É por que não há sentido algum. Você está em um coma profundo agonizando numa maca depois que um ônibus passou por cima de você e suas memórias estão mais confusa que peixe no vácuo”
“Estou morrendo?”
“Querido, você não entendeu.. Você já morreu. Fnord querido. Fnord querido… Fnord”

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Nuvens sem cor

Nuvens sem cor
Perdidos ao vento
Correndo atrás do pecado
Para perdões sem cabimentos

Preces ouvidas
Orações choradas
Sonhos esquecidos
Deuses Louvados

Fogo em brasa eles queimam
Mentes em chamas fechadas

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Exdrúxulo

Batendo com todas as forças de demônios
Emergindo das rosas sangrentas
Cometendo suicídios sucessivos
Drenando as almas dos inocentes cegos

Bailando com fantasmas sem rosto
Escondendo a palma do umbigo
Criando cicatrizes em forma de coração
Durante o nascer do inconsciente

Fazendo amor debaixo da lua vermelha
Gritando dores silenciosas
Firmamentos dos céus desabam
Garantindo a absoluta ascensão

Fumando ideias psicossomáticas
Girando sob seu próprio eixo da loucura
Amando os que provam ser incapazes de amar
Beijando o corvo negro da razão
Esperando os que jamais chegarão
Derramando sangue sobre vossos olhos

Soundcloud

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Violência Mental

Dormindo com sangue nos olhos.
Esperando  seu coração parar de bater.
Fumando o pulmão que te respira
Armando contra toda a expectativa

Dizendo órgão mutilados
Espionando seus pensamentos
Fazendo dores até seus gritos silenciar
Agonizando-te em escombros de memórias

Comprando a sua alma de demônio
Beijando sua face antes da sua morte
Antes de você acordar dessa ilusão
Conhecendo seus medos
Bocejando espíritos de sangue
Agora banhados em sonhos

Demonizando tudo que foi sagrado
Experimentando todas as impossibilidades
Fingindo ser melhor do que o que não foi
Depois de tudo isso
Escolhendo o fim de seu prazer
Finalizando em puras dores de opressão amorosa


Delírios de uma mente transtornada

Os Robôs! Malditos! São eles os culpáveis! Minha torta sempre sai com gosto de cadarço! Eu os amaldiçoo!
Como se fosse eu o culpado pelos meus erros! Hahah… Esses robôs! Eles matam e colocam a culpa em nós: humanos! Eles vivem disfarçados… Sim, eu já vi um deles comprando comida na mercearia da minha mãe.
Eu tenho 37 anos e vivo com a minha mãe ainda. Protejo ela dos robôs. Eu sei. Já avisei o governo de um possível ataque deles contra nós, mas eles não dão bola para mim.
Robôs malditos! Eles vivem nos observando! Eles nos observam…cuidado com eles!
Agora meu vizinho está com comportamento suspeito. Ele sai de casa as 14:00hrs e volta somente altas horas da madrugada. Eu segui ele um dia desses. Eu acho que ele é um robô. Ele foi trabalhar na companhia de finanças do centro da cidade, mas eu sei que ele é um robô.
Amanhã vou receber visitas da minha prima que vem de longe. Ela disse que iria trazer um amigo pra eu conhecer. Ela disse que eu iria gostar, que iria me fazer bem. Essa ultima parte eu não entendi muito bem… Que será que minha prima quis dizer?
Dizem que ele veste branco. Não entendi. Eu só escutei um dia minha mãe falando com ela. Ele vai vim conversar… Que será que eles querem?
Será ele um robô querendo me eliminar? MEU DEUS! Ele é um robô! Preciso avisar minha prima!
Cadê o telefone…

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Muramasa , A espada maldita !

Muramasa foi um antigo ferreiro japonês que , segundo a lenda , orou para que suas espadas fossem “ grandes destruidoras ” . Por causa da qualidade excepcional de suas lâminas , os deuses lhe concederam o pedido e as imbuíram com um espírito sanguinário que iria conduzir seu portador ao assassinato ou suicídio. Há inúmeras histórias de donos de Muramasas ficando loucos ou sendo assassinados . Acreditava - se que as espadas eram amaldiçoadas , e até chegaram a ser proibidas por decreto imperial por Shogun Tokugawa Ieyasu, que as condenou depois que elas se tornaram o objeto que matou quase toda a sua família seu avô , sua esposa e seu filho adotivo morreram com a espada , e ele e seu pai foram feridos por ela . No entanto , os problemas de Ieyasu com as espadas provavelmente começaram simplesmente porque elas eram extremamente populares . Muramasa não era o nome de um homem , mas de toda uma escola de ferreiros. A qualidade das lâminas Muramasa era lendária e a classe guerreira do Japão as usava com frequência. O fato de que foram utilizadas em muitas mortes relacionadas com o Shogun, embora certamente uma coincidência , não é exatamente notável .

Ferreiro Sobrenatural

Houve muitas histórias ao longo dos tempos, de pessoas que parecem desafiar as leis da natureza. Contos narrados de pessoas especiais que parecem ser imunes à dor lancinante e efeitos destrutivos do fogo.
Do Extremo Oriente, as histórias de faquires e homens santos que rotineiramente caminhavam descalço sobre camas brilhantes de brasas quentes sem sofrer danos à carne de seus pés inundavam a imaginação do resto do mundo.
Aqui no ocidente há ainda histórias mais impressionantes de pessoas que poderiam lidar com brasas por longos períodos, aparentemente sem danos. O mais famoso expoente ocidental foi provavelmente Daniel Dunglas, que foi observada em numerosas ocasiões colocar sua cabeça na lareira em meio ao fogo flamejante, sem efeitos nocivos aparentes .
A maioria destes operadores de milagres, tendiam a ser guru que se auto-intitulavam médiuns, videntes ou artistas, personagens que de alguma forma podiam ser considerados para beneficiar, tanto monetariamente ou moralmente o individuo.
Havia um homem no entanto e é dele que iremos falar nesse item, um ferreiro humilde que era impermeável ao calor e à chama de forma incrível. O mais interessante dessa história é que o nosso protagonista achava isso tudo muito normal enquanto o resto do mundo simplesmente observava apavorados os seus feitos. Acreditem esse homem podia aplicar metal quente em brasa sobre a sua carne e gargarejar com chumbo derretido! Seu nome era Nathan Coker.
Conhecido como o “Ferreiro Sobrenatural”, Nathan tinham um dom único: seu corpo aparentemente absorvia todo o calor aplicado sobre ele. A vida de Nathan Coker começou na cidade de Hillsborough, Maryland em 1814. Ele nasceu em escravidão e era propriedade de Bishop Emery. Um advogado pelo nome de Purnell firmou um contrato com Emery, para arrendar os serviços de jovem Nathan Coker (agora no início da adolescência). Purnell não era um bom mestre, maltratando Coker de muitas maneiras. Coker muitas vezes passavam fome porque seu mestre raramente fornecia comida suficiente e assim para complementar sua dieta, ele levou para roubar comida da cozinha.
Foi durante essas incursões solicitadas pela fome à cozinha que Coker tomou conhecimento de sua habilidade incomum. Descrevendo esses ataques à comida alheia, ele disse:
Embora no inicio Coker não havia entendido que era o único que conseguia essas proezas, logo essas façanhas viriam a se tornar evidentes em razão da sua nova profissão: ferreiro. Na cidade de Denton, Maryland, após conseguir se desvincular de Purnell, Coker terminou ganha fama na cidade e redondezas pelas demonstrações que os seus clientes presenciavam: Nathan manipulava o ferro com as mãos nuas, pegando as brasas, colocando a mão em meio ao fogo que derretia o ferro, como se nada pudesse afetar a sua pele.
Os jornais locais começaram a noticiar o prodígio, que virou a primeira página por muito tempo! Até hoje não se sabe qual foi o fim que Nathan teve. Seus últimos registros são datados da idade de 80 anos, em 1894.